As pessoas não têm idéia do quanto o uso do aroma bem empregado como ferramenta de marketing é valioso.
Ao elaborar um projeto de Marketing Olfativo embasado nos princípios da aromaterapia, dezenas de fatores são analisados a fim de se detectar as carências e conseqüentemente as ações necessárias para criar uma atmosfera ideal e compatível com os propósitos da empresa bem como seduzir os clientes, melhorar e alavancar as vendas.
Os aromas agem de forma muito peculiar no organismo das pessoas. Ao serem inaladas, as moléculas aromáticas flutuam até a câmara olfatória situada na parte mais alta do nariz, atrás da região entre as duas sobrancelhas, entrando em contato com os receptores presentes no epitélio olfatório que conduzem as informações olfativas ao cérebro, para o sistema límbico (tálamo, hipotálamo), que é a área dos sentimentos, memórias, reações aprendidas e emoções arquivadas.
Ao atingir o sistema límbico, as mensagens aromáticas são processadas instantânea e instintivamente. É por isso que os aromas têm grande efeito, agindo nos centros cerebrais provocando reações que podem ser emocionais ou físicas. De uma forma sutil, afetam os sentimentos, relaxando ou revigorando, excitando ou ajudando a afastar o stress. Essas moléculas aromáticas flutuam pelo ar, tem poder anti-séptico e fazem com que sintamos as mais diferentes emoções. Trabalhos científicos sérios indicam que alguns aromas desencadeiam relaxamento e outros aumentam a concentração, isto depende da complexa composição de cada óleo essencial.
O uso do aroma é uma poderosa ferramenta sim, mas vale ressaltar que o princípio da aromaterapia se aplica apenas ao uso dos óleos essenciais. Eles são considerados como a alma da planta, agindo diretamente no organismo devido à sua alta concentração; apenas 01 gota de óleo essencial equivale a 25 xícaras de chá da planta.
MARKETING OLFATIVO - O que é e como funciona
Em qualquer lugar, as campanhas de marketing nos principais veículos de comunicação provocam um verdadeiro bombardeio de informações. Diante da infinidade de mensagens faladas e escritas, nossa memória se torna cada vez mais seletiva. Ganha o que chamar mais atenção.
Cada vez mais, a estratégia tem sido abrir mão da visão e da audição, canais já saturados, e adotar um outro sentido para comunicar: o olfato. Trata-se do "marketing olfativo", técnica ainda pouco difundida no Brasil, com proposta de aromatização especial de ambientes e diferentes tipos de materiais para despertar o interesse do consumidor e agregar valor a produtos e marcas.
O processo olfativo leva apenas um terço de segundo para provocar uma resposta do cérebro, que é capaz de armazenar até 10 mil aromas. O segredo é investir nas reações provocadas pelo olfato. Quando inspiramos um aroma, o cérebro ativa o sistema límbico, responsável pelas emoções. O cheiro fica na memória e geralmente é associado a lugares, pessoas e momentos. No caso do marketing, ele é uma poderosa arma competitiva já que uma fragrância chama atenção positivamente. Ela causa uma boa impressão ao local, reforça os atributos de um produto ou marca, dá uma assinatura olfativa a um empreendimento, entre outras funções.
O repertório olfativo tem uma permanência na memória das pessoas maior que a visual. A imagem fixa-se apenas por alguns meses. Já o cheiro fica por anos, sobretudo se houver um envolvimento emocional entre a sua empresa/marca e o cliente, como um bom atendimento, por exemplo.
Para Isabel Cerchiaro, coordenadora do curso de administração da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-Rio), os pioneiros terão êxito quase certo por se tratar de uma técnica nova e pouco difundida. Isabel afirma em entrevista ao Jornal do Comércio que o olfato consiste em uma arma de promoção porque inevitavelmente atrai a atenção das pessoas, mexendo com sensações mais profundas que o consumidor não percebe. "Não há como impedir o cheiro de entrar. Teríamos que parar de respirar para isso".
E, uma vez que ele é sentido, provoca associações que ficam na memória de forma positiva. Além disso, o marketing olfativo pode ser decisivo no ato da compra. Às vezes, o cliente nem entra na loja para adquirir algum produto, mas o faz influenciado pelo cheiro, sobretudo porque a emoção exerce influência nas compras por impulso", diz.
Da Aroma e Terapia
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